Série - abril 19, 2024

Restaurando a alegria de servir a Deus • 1 a 6 de fevereiro

Estamos desenvolvendo uma série de estudos sobre Ativação Espiritual. Você lembra quais foram os temas trabalhados nas semanas anteriores?

Nos últimos quatro encontros da célula já tratamos sobre (1) o poder do lugar secreto para ativar e liberar uma nova unção em nossa vida, sobre (2) como ativar o seu modo de adoração, sobre (3) uma consagração espiritual que remove os limites que colocamos para Deus em nossa vida e, na semana passada, tratamos sobre (4) como ativar a fé para uma vida extraordinária.

QUEBRA-GELO

Que tal relembrarmos um pouco do que aprendemos e o que mais nos desafiou até agora? Então, sugerimos que o líder apresente cada um dos quatro temas estudado até agora e que peça para dois ou três participantes comentarem sobre o que aprenderam e o que mais os desafiou em cada estudo.

Hoje vamos terminar esta série estudando sobre restauração da alegria e disposição de servir a Deus.

Leitura bíblica: 2 Coríntios 5.14-15

Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que os que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.

Após a leitura do texto bíblico, assistam o vídeo: “Para o que você está vivendo?” – https://www.youtube.com/watch?v=iyh6Ei6kqGE

Neste capítulo 5 da sua segunda carta aos coríntios, o apóstolo Paulo afirma categoricamente que, diante do que Jesus fez na cruz, quem recebeu de graça a sua salvação não tem o direito de viver apenas para si mesmo, para alcançar seus objetivos e sonhos pessoais. Segundo Paulo, quem compreende o amor de Deus estampado na cruz de Cristo, quem medita na grandeza de Deus e que entende quem Deus é e o que Ele fez e faz por nós, deveria responder a Deus com amor, gratidão e serviço alegre e apaixonado.

Dedicar-se a servir a Deus e ao trabalho de ajudar a trazer o mundo de volta para Deus, que Paulo chama de um ministério de reconciliação (verso 18), deveria ser visto como um privilégio e o mínimo a fazer. O prazer de ser crente, a disposição de obedecer e a alegria de servir a Deus e ao próximo são algumas das principais marcas de alguém que já experimentou o amor de Cristo e a sua graça salvadora.

A PERDA DO AMOR A DEUS

Porém, de acordo com a mensagem de Jesus na Carta à Igreja de Éfeso, muitos acabam se esfriando e perdendo esse amor e alegria de ser crente. Diminuem gradativamente o fervor, a disposição de servir, entram numa crise de desânimo e perda do interesse e da motivação em servir a Deus e aos seus propósitos. Alguns crentes até continuam se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perderam a paixão. Fazem o que fazem por hábito, por rotina, por medo, pelo galardão, por quaisquer outros motivos, mas que não faz sentido, porque não é por amor e gratidão.

Pergunta: Porque nosso amor a Deus esfria e pode até se apagar?

O amor é como um fogo. Se colocamos lenha, ele fica mais inflamado. Falhamos por não alimentarmos o fogo e por permitirmos que outras coisas o apaguem.

Muitas coisas contribuem para que o nosso amor pelo Senhor perca a sua intensidade. As quatro mais comuns e nocivas são:

  1. O pecado. No Salmo 51.12, ao se arrepender do grave pecado de adultério que havia cometido e escondido, Davi clama a Deus: “Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer”. Ele havia perdido a alegria de ter um pacto com Deus, de ser um rei segundo o Seu coração, perdeu o prazer de servir a Deus, pois se sentia extremamente culpado e distante de Deus.

Infelizmente o mesmo acontece com muitos cristãos hoje em dia e pode estar acontecendo com alguém aqui na célula. Perder “a alegria da salvação” significa perder o prazer de ser cristão, a euforia e a determinação que um cristão verdadeiro deve ter. Significa também perder aquela motivação de servir a Deus, de cultuá-lo com os outros irmãos e de servir prazerosamente aos propósitos eternos de Deus

Semelhantemente a Davi, isso ocorre com muitos cristãos devido ao pecado; pela quantidade de pecados cometidos ou pelos inúmeros tropeços no mesmo pecado. Acontece também por não conseguirem perceber nenhum progresso espiritual ao longo de muito tempo. Acabam perdendo a alegria da salvação, o prazer de ser crente, a euforia e a determinação que um cristão verdadeiro deve ter. Jesus disse em Mateus 24.12-13 que “devido ao aumento da maldade, o amor de muitos (crentes) esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.

  1. A superficialidade espiritual. Há muitas pessoas que vivem superficialmente o seu relacionamento com Cristo, como Jesus advertiu na Parábola do Semeador (Lucas 8.13). Ele disse que quando a semente cai em solo pedregoso, a planta não desenvolve raízes profundas e, quando vem o sol quente, ela morre rapidamente.

O segredo para nunca nos afastarmos do Senhor nem perdermos a alegria de cultuá-lo, servi-lo e falar dele às pessoas é buscar profundidade na vida espiritual. É investir tempo no lugar secreto, é ativar o modo adoração como estilo de vida, é consagrar-se todo ao Senhor sem olhar para trás e é ativar sempre a fé na palavra de Deus.  Em outras palavras, é manter a vela acesa! Se desenvolvermos raízes profundas em Deus, não fracassaremos na fé!

  1. Áreas não tratadas. As áreas que não são tratadas em nossas vidas talvez não pareçam tão nocivas hoje, mas serão justamente as áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor posteriormente. Tudo começa com uma pequena semente que, caso não seja removida e tratada, vai germinando até gerar profundas raízes em nossa alma (Hebreus 12.13-15).

O esfriamento e a queda espiritual não acontecem de imediato. São processos lentos, que envolvem repetidas negligências da nossa parte, e são estas mesmas “inocentes” negligências que nos vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às áreas que precisam ser trabalhadas em nossas vidas e buscar ajuda na célula, no seminário Veredas Antigas, no Resgate, no GAM, no aconselhamento pastoral e tudo mais que a igreja oferece.

  1. Perda de foco. Não é só o pecado que nos afasta de Deus, mas a perda do foco devido às distrações mundanas também. E como isso é sutil e perigoso. Neste caso, o cristão não precisa ter cedido ao pecado, mas perde o alvo ao distrair-se com coisas que talvez sejam até mesmo lícitas, mas roubam-lhe o foco. Hoje em dia há muitas pessoas que se envolvem tanto em seus trabalhos, negócios, estudos, entretenimento, relacionamentos, etc., que não têm tempo sequer de se lembrarem de buscar a Deus.

Até mesmo o nosso próprio serviço prestado ao Senhor pode se tornar uma distração, como aprendemos no episódio bíblico de Marta e Maria (Lc 10.38-42). Enquanto Maria estava aos pés de Jesus, Marta se queixava pelo fato de haver ficado sozinha na cozinha, servindo. Mas Jesus ensinou que nada é mais importante do que a nossa concentração em buscá-Lo sem distração alguma. Precisamos vigiar com relação a todas as coisas (até mesmo as coisas boas e lícitas que podem ser consideradas bênçãos em nossas vidas!) que podem nos distrair, tirar o nosso foco de termos o Senhor Jesus em primeiro lugar.

O CAMINHO DE VOLTA

O caminho de volta é o caminho da restauração da alegria em buscar e servir ao Senhor. Jesus disse à Igreja de Éfeso, que havia perdido seu primeiro amor:

Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. (Apocalipse 2.5)

Precisamos lembrar, arrepender e voltar a praticar as obras que praticávamos no início, quando apaixonados, servíamos ao Senhor com alegria e determinação. Devemos lembrar como era no início, a alegria, o prazer nas coisas de Deus e a fome pela sua presença. Mas não basta termos saudades de como as coisas eram anteriormente; é preciso que sintamos dor por termos perdido o nosso primeiro amor! Precisamos nos arrepender, lamentar, chorar, e clamar pelo perdão de Deus! É imperativo reconhecer que a perda do primeiro amor é mais do que um desânimo, ou qualquer outra crise emocional! É um pecado de falta de amor, de desinteresse para com Deus! Tiago escreveu:

Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. (Tiago 4.8-10)

Se reconhecermos que abandonamos o nosso primeiro amor, teremos que separar rapidamente um tempo para orarmos e chorarmos em arrependimento diante do Senhor e para buscarmos uma renovação. Mas temos outro passo a dar: voltar a praticar as obras que praticávamos. Não basta apenas revivermos as lembranças e nos arrependermos; temos que voltar a fazer o que abandonamos!

CONCLUSÃO

O ano de 2021 é o nosso ano de ativação espiritual! Uma oportunidade que Deus está nos dando de resgatarmos o nosso amor ao Senhor e dar-Lhe nada menos que um amor total! É tempo de restaurarmos o fervor e a alegria de servir a Deus e realizar a sua vontade.

Que possamos receber a graça do Senhor para vivermos intensamente a nossa obediência ao Maior Mandamento e à Grande Comissão:

Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes. (Marcos 12.30-31)

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos. (Mateus 28.18-20)

ORAÇÃO E CONSAGRAÇÃO

Tudo o que conversamos no estudo de hoje e ao longo da série ativação é muito forte e indispensável à saúde espiritual de cada um de nós. Querido líder e líder em treinamento, Deus falou com você ao longo dessa série? Se Deus falou com você, testemunhe brevemente junto ao seu grupo o que o Espírito Santo tem colocado em seu coração.

Promova um tempo de oração, desafiando cada presente a refletir, se consagrar e se arrepender. Use as perguntas abaixo para conduzir este tempo de oração e consagração:

  • Você ama servir a Deus? Faz isso com gratidão, entrega e paixão?
  • Você percebeu que tem trilhado um caminho de esfriamento espiritual? Qual dos quatro itens acima foi o fator de esfriamento?
  • Você deseja hoje consagrar sua vida a Cristo, revendo sua postura e suas prioridades?