Restaurando a alegria de servir a Deus • 1 a 6 de fevereiro
Estamos desenvolvendo uma série de estudos sobre Ativação Espiritual. Você lembra quais foram os temas trabalhados nas semanas anteriores?
Nos últimos quatro encontros da célula já tratamos sobre (1) o poder do lugar secreto para ativar e liberar uma nova unção em nossa vida, sobre (2) como ativar o seu modo de adoração, sobre (3) uma consagração espiritual que remove os limites que colocamos para Deus em nossa vida e, na semana passada, tratamos sobre (4) como ativar a fé para uma vida extraordinária.
QUEBRA-GELO
Que tal relembrarmos um pouco do que aprendemos e o que mais nos desafiou até agora? Então, sugerimos que o líder apresente cada um dos quatro temas estudado até agora e que peça para dois ou três participantes comentarem sobre o que aprenderam e o que mais os desafiou em cada estudo.
Hoje vamos terminar esta série estudando sobre restauração da alegria e disposição de servir a Deus.
Leitura bíblica: 2 Coríntios 5.14-15
Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que os que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Após a leitura do texto bíblico, assistam o vídeo: “Para o que você está vivendo?” – https://www.youtube.com/watch?v=iyh6Ei6kqGE
Neste capítulo 5 da sua segunda carta aos coríntios, o apóstolo Paulo afirma categoricamente que, diante do que Jesus fez na cruz, quem recebeu de graça a sua salvação não tem o direito de viver apenas para si mesmo, para alcançar seus objetivos e sonhos pessoais. Segundo Paulo, quem compreende o amor de Deus estampado na cruz de Cristo, quem medita na grandeza de Deus e que entende quem Deus é e o que Ele fez e faz por nós, deveria responder a Deus com amor, gratidão e serviço alegre e apaixonado.
Dedicar-se a servir a Deus e ao trabalho de ajudar a trazer o mundo de volta para Deus, que Paulo chama de um ministério de reconciliação (verso 18), deveria ser visto como um privilégio e o mínimo a fazer. O prazer de ser crente, a disposição de obedecer e a alegria de servir a Deus e ao próximo são algumas das principais marcas de alguém que já experimentou o amor de Cristo e a sua graça salvadora.
A PERDA DO AMOR A DEUS
Porém, de acordo com a mensagem de Jesus na Carta à Igreja de Éfeso, muitos acabam se esfriando e perdendo esse amor e alegria de ser crente. Diminuem gradativamente o fervor, a disposição de servir, entram numa crise de desânimo e perda do interesse e da motivação em servir a Deus e aos seus propósitos. Alguns crentes até continuam se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perderam a paixão. Fazem o que fazem por hábito, por rotina, por medo, pelo galardão, por quaisquer outros motivos, mas que não faz sentido, porque não é por amor e gratidão.
Pergunta: Porque nosso amor a Deus esfria e pode até se apagar?
O amor é como um fogo. Se colocamos lenha, ele fica mais inflamado. Falhamos por não alimentarmos o fogo e por permitirmos que outras coisas o apaguem.
Muitas coisas contribuem para que o nosso amor pelo Senhor perca a sua intensidade. As quatro mais comuns e nocivas são:
- O pecado. No Salmo 51.12, ao se arrepender do grave pecado de adultério que havia cometido e escondido, Davi clama a Deus: “Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer”. Ele havia perdido a alegria de ter um pacto com Deus, de ser um rei segundo o Seu coração, perdeu o prazer de servir a Deus, pois se sentia extremamente culpado e distante de Deus.
Infelizmente o mesmo acontece com muitos cristãos hoje em dia e pode estar acontecendo com alguém aqui na célula. Perder “a alegria da salvação” significa perder o prazer de ser cristão, a euforia e a determinação que um cristão verdadeiro deve ter. Significa também perder aquela motivação de servir a Deus, de cultuá-lo com os outros irmãos e de servir prazerosamente aos propósitos eternos de Deus
Semelhantemente a Davi, isso ocorre com muitos cristãos devido ao pecado; pela quantidade de pecados cometidos ou pelos inúmeros tropeços no mesmo pecado. Acontece também por não conseguirem perceber nenhum progresso espiritual ao longo de muito tempo. Acabam perdendo a alegria da salvação, o prazer de ser crente, a euforia e a determinação que um cristão verdadeiro deve ter. Jesus disse em Mateus 24.12-13 que “devido ao aumento da maldade, o amor de muitos (crentes) esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.
- A superficialidade espiritual. Há muitas pessoas que vivem superficialmente o seu relacionamento com Cristo, como Jesus advertiu na Parábola do Semeador (Lucas 8.13). Ele disse que quando a semente cai em solo pedregoso, a planta não desenvolve raízes profundas e, quando vem o sol quente, ela morre rapidamente.
O segredo para nunca nos afastarmos do Senhor nem perdermos a alegria de cultuá-lo, servi-lo e falar dele às pessoas é buscar profundidade na vida espiritual. É investir tempo no lugar secreto, é ativar o modo adoração como estilo de vida, é consagrar-se todo ao Senhor sem olhar para trás e é ativar sempre a fé na palavra de Deus. Em outras palavras, é manter a vela acesa! Se desenvolvermos raízes profundas em Deus, não fracassaremos na fé!
- Áreas não tratadas. As áreas que não são tratadas em nossas vidas talvez não pareçam tão nocivas hoje, mas serão justamente as áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor posteriormente. Tudo começa com uma pequena semente que, caso não seja removida e tratada, vai germinando até gerar profundas raízes em nossa alma (Hebreus 12.13-15).
O esfriamento e a queda espiritual não acontecem de imediato. São processos lentos, que envolvem repetidas negligências da nossa parte, e são estas mesmas “inocentes” negligências que nos vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às áreas que precisam ser trabalhadas em nossas vidas e buscar ajuda na célula, no seminário Veredas Antigas, no Resgate, no GAM, no aconselhamento pastoral e tudo mais que a igreja oferece.
- Perda de foco. Não é só o pecado que nos afasta de Deus, mas a perda do foco devido às distrações mundanas também. E como isso é sutil e perigoso. Neste caso, o cristão não precisa ter cedido ao pecado, mas perde o alvo ao distrair-se com coisas que talvez sejam até mesmo lícitas, mas roubam-lhe o foco. Hoje em dia há muitas pessoas que se envolvem tanto em seus trabalhos, negócios, estudos, entretenimento, relacionamentos, etc., que não têm tempo sequer de se lembrarem de buscar a Deus.
Até mesmo o nosso próprio serviço prestado ao Senhor pode se tornar uma distração, como aprendemos no episódio bíblico de Marta e Maria (Lc 10.38-42). Enquanto Maria estava aos pés de Jesus, Marta se queixava pelo fato de haver ficado sozinha na cozinha, servindo. Mas Jesus ensinou que nada é mais importante do que a nossa concentração em buscá-Lo sem distração alguma. Precisamos vigiar com relação a todas as coisas (até mesmo as coisas boas e lícitas que podem ser consideradas bênçãos em nossas vidas!) que podem nos distrair, tirar o nosso foco de termos o Senhor Jesus em primeiro lugar.
O CAMINHO DE VOLTA
O caminho de volta é o caminho da restauração da alegria em buscar e servir ao Senhor. Jesus disse à Igreja de Éfeso, que havia perdido seu primeiro amor:
Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. (Apocalipse 2.5)
Precisamos lembrar, arrepender e voltar a praticar as obras que praticávamos no início, quando apaixonados, servíamos ao Senhor com alegria e determinação. Devemos lembrar como era no início, a alegria, o prazer nas coisas de Deus e a fome pela sua presença. Mas não basta termos saudades de como as coisas eram anteriormente; é preciso que sintamos dor por termos perdido o nosso primeiro amor! Precisamos nos arrepender, lamentar, chorar, e clamar pelo perdão de Deus! É imperativo reconhecer que a perda do primeiro amor é mais do que um desânimo, ou qualquer outra crise emocional! É um pecado de falta de amor, de desinteresse para com Deus! Tiago escreveu:
Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. (Tiago 4.8-10)
Se reconhecermos que abandonamos o nosso primeiro amor, teremos que separar rapidamente um tempo para orarmos e chorarmos em arrependimento diante do Senhor e para buscarmos uma renovação. Mas temos outro passo a dar: voltar a praticar as obras que praticávamos. Não basta apenas revivermos as lembranças e nos arrependermos; temos que voltar a fazer o que abandonamos!
CONCLUSÃO
O ano de 2021 é o nosso ano de ativação espiritual! Uma oportunidade que Deus está nos dando de resgatarmos o nosso amor ao Senhor e dar-Lhe nada menos que um amor total! É tempo de restaurarmos o fervor e a alegria de servir a Deus e realizar a sua vontade.
Que possamos receber a graça do Senhor para vivermos intensamente a nossa obediência ao Maior Mandamento e à Grande Comissão:
Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes. (Marcos 12.30-31)
Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos. (Mateus 28.18-20)
ORAÇÃO E CONSAGRAÇÃO
Tudo o que conversamos no estudo de hoje e ao longo da série ativação é muito forte e indispensável à saúde espiritual de cada um de nós. Querido líder e líder em treinamento, Deus falou com você ao longo dessa série? Se Deus falou com você, testemunhe brevemente junto ao seu grupo o que o Espírito Santo tem colocado em seu coração.
Promova um tempo de oração, desafiando cada presente a refletir, se consagrar e se arrepender. Use as perguntas abaixo para conduzir este tempo de oração e consagração:
- Você ama servir a Deus? Faz isso com gratidão, entrega e paixão?
- Você percebeu que tem trilhado um caminho de esfriamento espiritual? Qual dos quatro itens acima foi o fator de esfriamento?
- Você deseja hoje consagrar sua vida a Cristo, revendo sua postura e suas prioridades?