Série - julho 26, 2024

Quebrante-se • 27 a 31 de março

SÉRIE: MARCAS DO AVIVAMENTO – QUEBRANTE-SE                                                                                    Charles Finney – O apóstolo dos avivamentos

INTRODUÇÃO E QUEBRA-GELO

Você concorda que a fé é um dos principais ingredientes do avivamento? Quando ouvimos testemunhos a respeito do que Deus tem feito no nosso meio, nossa fé aumenta e somos encorajados a dar passos maiores na nossa caminhada com Deus.

Que tal começarmos a reunião desta semana abrindo oportunidade para duas ou três pessoas da célula compartilharem experiências que têm vivido com Deus neste tempo de avivamento? Quem poderia contar algo a respeito dos cultos do último domingo? Deus falou algo específico com você? Na última semana você viveu alguma experiência marcante com Deus? Compartilhe com o grupo.

Após compartilharem, orem agradecendo a Deus pelo Seu mover tão real e clamem juntos por mais manifestações sobrenaturais, a começar pela reunião de hoje.

LEITURA BÍBLICA: 

“Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês”, declara o Senhor.  Jeremias 29:12-14a

O APÓSTOLO DOS AVIVAMENTOS

Conversamos na última semana sobre o avivamento no País de Gales, liderado por Evan Roberts. Esta semana vamos seguir com mais uma inspiração de um homem que foi profundamente marcado pelo Espírito Santo e impactou a vida de milhares de pessoas que cruzaram o seu caminho.

O avivalista desta semana é Charles Finney, um jovem advogado que vivia em New York em meados do século dezenove. Finney nasceu em uma família descrente e despertou seu interesse pela Bíblia já em idade adulta, em meio a citações da Palavra que encontrava em seus livros de jurisprudência. Ingressou então em uma busca pessoal e teve uma forte experiência de conversão enquanto buscava a Deus dentro de uma floresta.

Leia com a célula alguns trechos do relato de Finney a respeito de sua conversão:

“Foi num domingo de 1821 que assentei no coração resolver o problema sobre a salvação da minha alma e ter paz com Deus (…) mas ao tentar orar, o coração não queria. Pensara que, uma vez sozinho, onde ninguém pudesse ouvir-me, podia orar livremente. Porém, ao experimentar fazê-lo, achei-me sem coisa alguma a dizer a Deus. Toda a vez que tentava orar, parecia-me ouvir alguém chegando. Por fim, achei-me quase em desespero. O coração estava morto para com Deus e não queria orar. Comecei a pensar que Deus já me tivesse abandonado. Achei-me tomado de uma fraqueza demasiadamente grande para ficar de joelhos (…) logo foi-me revelado que o orgulho do meu coração era a barreira entre mim e a minha salvação. Fui vencido pela convicção do grande pecado de eu envergonhar-me se alguém me encontrasse de joelhos perante Deus, e bradei em alta voz que não abandonaria o lugar, nem que todos os homens da terra e todos os demônios do Inferno me cercassem. Gritei: ‘Ora, um vil pecador como eu, de joelhos perante o grande e santo Deus, e confessando-lhes os pecados, e me envergonho dele perante o próximo, pecador também, porque me encontro de joelhos para achar paz com o meu Deus ofendido!’ O pecado parecia-me horrendo, infinito. Fiquei quebrantado até o pó perante o Senhor. Nessa altura, a seguinte passagem me iluminou: ‘Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração…’

“Ao virar-me para me sentar, recebi o poderoso batismo com o Espírito Santo. Sem o esperar, sem mesmo saber que havia tal para mim, o Espírito Santo desceu de tal maneira, que parecia encher-me corpo e alma. Senti-o como uma onda elétrica que me traspassava repetidamente. De fato, parecia-me como ondas de amor liquefeito; porque não sei outra maneira de descrever isso. Parecia o próprio fôlego de Deus”.

“Não existem palavras para descrever o maravilhoso amor derramado no meu coração. Chorei de tanto gozo e amor que senti; acho melhor dizer que exprimi, chorando em alta voz, as inundações indizíveis do meu coração. As ondas passaram sobre mim, uma após outra, até eu clamar: ‘Morrerei, se estas ondas continuarem a passar sobre mim. Senhor, não suporto mais!’ Contudo, não receava a morte. “Não sei por quanto tempo este batismo continuou a passar sobre mim e por todo o meu ser”.

 

*Trechos extraído do livro Heróis da Fé de Orlando Boyer

 

Uau, que testemunho poderoso! Veja como é incrível a obra que Jesus fez por meio de uma pessoa que se dispôs a buscar intensamente a presença de Deus. Finney foi profundamente marcado pelo Espírito Santo a ponto de sentir ondas elétricas passando pelo seu corpo, a ponto de não conseguir permanecer de pé, nem mesmo comer ou dormir.

E o que acontece após a conversão de Charles Finney é ainda mais marcante. Uma experiência tão forte e poderosa como a que ele viveu, não poderia ser guardada ou esquecida. Uma chama de avivamento se espalhou através da vida de Finney. A começar pela pequena igreja em que ele passou a congregar, até as escolas e fábricas da cidade.

Finney passou a dedicar sua vida à pregação do evangelho e por onde ele ia às pessoas caíam em lágrimas, tamanha a manifestação da presença de Deus, gerando arrependimento de pecados e conversões em massa.

Vamos conhecer mais alguns trechos dessa história tão inspiradora e extrair lições valiosas deste mover:

1 – O avivamento tem como marca o arrependimento dos pecados

Atos 2:36-38 Portanto, que todo Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo”. Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, que faremos? ” Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.”

“Não muito depois de começar o ruído das máquinas, o pregador, um rapaz alto e atlético, entrou na fábrica. O poder do Espírito Santo ainda permanecia sobre ele; os operários, ao vê-lo, sentiram a culpa de seus pecados a ponto de terem de se esforçar para poderem continuar a trabalhar. Ao passar perto de duas moças que trabalhavam juntas, uma delas, no ato de emendar um fio, foi tomada de tão forte convicção, que caiu em terra, chorando. Segundos depois, quase todos em redor tinham lágrimas nos olhos e, em poucos minutos, o avivamento encheu todas as dependências da fábrica”.

Tanto no texto que lemos em Atos quanto no relato de Finney podemos perceber o fruto de arrependimento por meio da pregação do evangelho. O arrependimento não é algo gerado pela argumentação humana. O arrependimento é gerado pelo Espírito Santo de Deus (João 16.8), somente Ele é capaz de nos trazer profunda convicção e genuíno arrependimento dos nossos pecados.

Mas ainda que o arrependimento não seja algo gerado pela ação humana, podemos sempre avaliar qual é o nível de quebrantamento dos nossos corações diante da presença de Deus. Uma vez que a ausência de arrependimento é um grave sinal, devemos orar pedindo a ajuda do Espírito Santo neste processo, dando a Ele liberdade de nos sondar, assim como orava o Rei Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se há em mim algum caminho mau, e dirige-me pelo caminho eterno”. Salmos 139.23-24

Reflexões para debate: o quanto temos vivido de acordo com nossas próprias convicções, mantendo um coração frio e endurecido e o quanto temos chorado aos pés do Senhor reconhecendo o quanto somos necessitados do seu perdão? Você já recebeu esse batismo de arrependimento? Entende que fomos chamados à santidade? Que essa marca tão forte do arrependimento nos leve a uma busca pelo avivamento genuíno e não por algo superficial e momentâneo.

2- O avivamento extrapola o prédio da igreja

Atos 1:8 – “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.

“Ao chegar, na hora anunciada para iniciar o culto, achei o prédio da escola repleto e tinha de ficar em pé perto da entrada. Cantamos um hino, isto é, o povo pretendia cantar. Entretanto, eles não tinham o costume de cantar os hinos de Deus, e cada um desentoava à sua própria maneira. Não podia conter-me e lancei-me de joelhos e comecei a orar. O Senhor abriu as janelas dos céus, derramou o espírito de oração e entreguei-me de toda a alma a orar. (…) Após falar cerca de quinze minutos, parecia cair sobre os ouvintes uma tremenda solenidade e começaram a cair ao chão, clamando e pedindo misericórdia. Se eu tivesse tido uma espada em cada mão, não os poderia derrubar tão depressa como caíram. De fato, dois minutos depois de os ouvintes sentirem o choque do Espírito vir sobre eles, quase todos estavam ou caídos de joelhos, ou prostrados no chão. Todos os que podiam falar de qualquer maneira, oravam por si mesmos”.

No trecho acima, Finney relata a respeito de uma pregação realizada no auditório de uma escola. É inspirador pensar na ousadia deste homem que não se ateve a viver dentro das quatro paredes de uma igreja e saiu a anunciar o evangelho por toda a América do Norte e Inglaterra.

A mesma marca de um evangelismo ousado e intencional acompanhou o ministério de Jesus e posteriormente os discípulos da igreja primitiva. E ainda hoje a ordem de Jesus para a Sua Igreja permanece a mesma: de sermos suas testemunhas em nossa casa, no ambiente de trabalho, na faculdade, em Belo Horizonte, em Minas Gerais e por onde Deus nos enviar.

Certamente quando vivemos em célula estamos praticando esse princípio de ir além dos limites do prédio da igreja e fazer discípulos. Mas infelizmente em alguns momentos nos acomodamos e até mesmo nos intimidamos. Queremos ser cheios do Espírito Santo nos cultos e reuniões da igreja, mas será que temos levado essa presença manifesta de Deus conosco por onde passamos?

Reflexões para debate: De que forma você enxerga que poderia ser mais ousado na pregação do evangelho? Você concorda que existem lugares e pessoas que você tem acesso que o seu líder de célula ou o seu pastor não tem? Deus tem transformado ambientes através da sua vida e testemunho? Seja intencional em obedecer a esse chamado de Deus para você.

CONCLUSÃO

A história conta que centenas de milhares de pessoas foram direta e indiretamente alcançadas por meio do ministério de Charles Finney, que ficou conhecido como o Apóstolo dos Avivamentos. Ainda que essa história tenha acontecido há centenas de anos, ela é completamente atual, uma vez que o mesmo Deus que agiu na vida de Finney continua agindo por meio de nós. O Senhor permanece o mesmo e ainda hoje podemos experimentar dos seus sinais e maravilhas no nosso meio.

O Senhor está procurando por homens e mulheres dispostos a buscá-lo insistentemente, até que o encontrem. O Senhor está em busca de corações totalmente rendidos a Ele. O Senhor está à procura daqueles que dirão sim ao chamado de pregar o evangelho e fazer discípulos para além do prédio da igreja. Essas são marcas do avivamento, uma igreja quebrantada aos pés do Senhor, apaixonada pela presença de Deus e que se importa com o perdido. Vamos juntos clamar por um genuíno avivamento!

CRONOGRAMA PREPARAÇÃO PARA O DIA DO AMIGO

Você se lembra que estamos preparando em todas as células da Central um dia do amigo que será poderoso e frutífero. Já estamos na segunda semana de preparação. Separe um tempo importante da reunião de hoje para envolver sua célula nas etapas da semana dois e para orarem pelos nomes dos visitantes.

CRONOGRAMA DE PREPARAÇÃO PARA O DIA DO AMIGO
Primeira semana

20 a 25 de março

Fazer lista do Oikos – pessoas que fazem parte de nosso círculo de convivência: amigos, família, vizinhos, colegas de trabalho ou escola, prestadores de serviço, etc. Separar um tempo na reunião da célula para orar pelos convidados. Desafiar todos a anotarem em um papel preparado por você o nome de pelo menos 3 pessoas e combinar com a célula de orar e jejuar por essas pessoas nas próximas semanas.
Segunda semana:

27 de março a 01 de abril

Distribuir as tarefas entre os participantes: convite, decoração, lanche, louvor, dinâmica, testemunho, palavra, lembrancinha, consolidação.

Desafiar a célula a continuar orando e jejuando pelas 3 pessoas o papelzinho. Nessa semana, envie o convite para essas pessoas participarem do Dia do Amigo. 

Terceira semana:

03 a 08 de abril

Acertar os últimos detalhes para o Dia do amigo. Orar pelos preparativos, pelos convidados e pela presença de Deus.
DIA DO AMIGO

10 a 15 de abril

Realizar o evento do Dia do Amigo. Receber com alegria os convidados, Preparar com carinho e excelência cada detalhe, envolvendo toda a sua célula na organização. Anotar no célula.in os dados dos visitantes e registrar no sistema as decisões por Jesus.