Série - maio 08, 2024

Livre-se da amargura e da falta de perdão • 26 a 31 de agosto

ORAÇAO E ADORAÇÃO

Quando o povo de Deus o louva e adora, Deus aparece; e com sua presença, vem Seu poder e tudo o que precisamos. Com esta certeza, conduza sua célula no melhor momento de louvor que puder. Escolha pelo menos duas canções que tem inspirado você ultimamente. O segredo é separar um tempo para se concentrarem em quem Deus é e agradecer a ele por tudo o que tem feito. Depois, orem pedindo que o Espírito Santo seja o guia deste encontro com Jesus.

INTRODUÇÃO

Estamos desenvolvendo o tema Viaje Leve também nas células. Já vimos que em nossa caminhada cotidiana, costumamos carregar bagagens emocionais. Muitas vezes andamos pesados em função de medos, ansiedades, preocupações, culpas, mágoas, etc. Precisamos estar bem atentos a um dos pesos que mais atrapalha a nossa caminhada e que tem poder para destruir toda a nossa vida. Trata-se da raiz de amargura e da falta de perdão, nosso assunto neste encontro da célula.

Leitura Bíblica:

Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos. (Hebreus 12:14,15)

O problema da amargura

Pergunta: O texto fala em santidade. Em sua opinião, o que é santidade?

Santidade tem a ver com ser puro, ser diferente, e evitar o mal. Mas ser santo também significa tornar-se parecido com Deus. E ser parecido com Deus, segundo a Bíblia, deve alcançar todas as expressões do nosso caráter, incluindo a capacidade de sempre perdoar. No texto que lemos, a santidade está relacionada com viver em paz com todos, ou seja, ter um bom relacionamento com todos.

Pergunta:

  • Você pode dizer que tem um bom relacionamento com todos?
  • O que significa para você estar em paz com todos? Você acredita que hoje está vivendo em paz com todos?

Estar em paz com todos significa não ter problemas no nível relacional, estar bem com todos e não guardar rancor e mágoas contra ninguém. E isso é tão sério que o autor afirma que guardar ofensas e amargura no coração nos impedirá de sermos perdoados de nossos pecados, já que escolher não perdoar nos exclui da graça de Deus. Foi o que Jesus revelou na oração do Pai Nosso: “Perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6.12).

Como o inimigo sempre almeja nos afastar de Deus e do nosso destino em Cristo, ele insiste em tentar plantar sementes de ofensa em nossa mente e coração para gerar uma raiz de amargura. Pode ser através de algo simples, como sentir-se ignorado, ou através de coisas bem sérias, como descobrir que maldisseram de você, mentiram ou enganaram você, traíram você, etc. São sementes de ofensa que gradualmente vão se transformando em raízes de amargura, porque quando ofendidos, decidimos não perdoar de imediato a quem ofendeu. Essa recusa em perdoar estanca o fluir da graça de Deus.

A verdade é que quando deixamos de oferecer perdão àqueles que nos ofenderam, somos os primeiros e os grandes prejudicados. É certo que não podemos controlar o que as pessoas pensam ou falam a nosso respeito, nem o que fazem contra nós. Mas a boa notícia é que, com a ajuda de Deus e através do Seu poder, podemos controlar como reagimos a tudo isso.

A passagem bíblica que lemos nos alerta sobre a raiz de amargura por duas razões principais:

  1. A amargura tem uma raiz muito perigosa.

Cuidem… Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação. (Hb12.15)

Como toda raiz, a amargura é perigosa porque ela cresce abaixo da superfície, invisível à princípio, e ninguém percebe a raiz crescendo mais e mais profundamente. Podemos ter sido machucados ou ofendidos e nem saber que aquela ofensa agora gerou uma pequena raiz de amargura em nosso coração, e que ela está crescendo com o tempo. Os outros à nossa volta não percebem que estamos magoados, mas à medida que alimentamos o ressentimento, que não perdoamos, aumentamos a amargura ao invés de eliminá-la logo no começo. Chega um momento em que ela brotará e aquela raiz até então oculta, escondida, agora vem à luz, e o problema já não é apenas nosso. Ele se torna dos outros, e contamina muita gente. Quanto mais tempo permitirmos que a raiz de amargura se aloje dentro de nós, mais ela se aprofundará, se espalhará e mais difícil será removê-la. Por isso é que a raiz de amargura é tão perigosa.

  1. Amargura produz um fruto venenoso.

Cuidem… Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos. (Hb 12.15)

Amargura não é apenas uma raiz; é uma raiz que produz frutos ruins. Ela contamina você, mas contamina os outros à sua volta também. Uma ofensa pode contaminar muita gente. Sem saber, podemos estar envenenando pessoas próximas de nós, porque amargura é venenosa.

Podemos ver isso no dia-a-dia: Uma pessoa magoada pode dividir toda uma família, pode acabar com uma célula, ou pode estragar todo o ambiente de trabalho, só para citar alguns exemplos. E se nós não tomarmos muito cuidado, nós podemos estar na igreja celebrando o amor de Deus mas, ao mesmo tempo odiando alguém em nosso coração. Ou podemos estar recebendo a graça de Deus, mas sem conseguir oferecer graça alguma àqueles que estão à nossa volta, porque amargura nos exclui da graça de Deus.

Pergunta:

  • Honestamente, você tem guardado rancor em seu coração? Carrega uma ferida escondida ou está nutrindo uma ofensa antiga?
  • Você percebe a existência de raiz de amargura em seu coração? Consegue avaliar as consequências deste sentimento ruim no coração?

Como eliminar a raiz de amargura?

Vamos ler o que Paulo ensinou.

Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo. (Efésios 4:31,32)

Pergunta: Segundo esta passagem bíblica, como nos livramos da amargura?

  1. Nós podemos nos livrar da raiz de amargura sendo bondosos e compassivos. Isso mesmo, nós matamos a amargura com compaixão. Precisamos entender que, em geral, o Reino de Deus opera de maneira exatamente oposta à natureza humana.
  • Jesus disse que se você deseja ser grande, então sirva aos outros. O oposto!
  • Alguém bate em seu rosto, ofereça a outra face. O oposto!
  • Você quer se livrar da raiz de amargura, então ame; tenha compaixão!

Em Romanos 12.21, Paulo ensina algo bem parecido: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem” (Romanos 12:21).

Só há uma maneira de vencer o mal: é fazer exatamente o oposto do que a natureza humana faria. Lembre-se: você não pode controlar o que o outro faz, mas pode controlar como você responde ao que fazem contra você.

Jesus ensinou sobre isso de uma forma inacreditável e desafiadora. Ele disse:

Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. (Lucas 6:27,28)

Ou seja, uma das melhores maneiras de mostrar compaixão por alguém, e uma das melhores maneiras de esquecer a ofensa, é orar por aquele que fez mal a você. Sua oração pelos outros pode não mudar o comportamento deles, mas quando ora, você sempre irá mudar. Porque nós matamos a amargura com compaixão.

  1. Nós também matamos a raiz de amargura com o perdão. Como faço para perdoar algo que parece imperdoável? Paulo nos responde no mesmo texto de Efésios 4.32: “perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo”

Observe bem: Deus não está pedindo para você produzir nada. Ele sabe que você não conseguiria produzir tal amor e compaixão, e oferecer tamanho perdão. Ele apenas pede que você passe o que você já tem recebido Dele. E isso é totalmente diferente.

Como você faz para perdoar toda ofensa contra você? Você perdoa exatamente como Jesus perdoou você. E como foi que Jesus lhe perdoou? Ele o perdoou incondicionalmente, imediatamente, generosamente, absolutamente, completamente. Ele foi para a cruz não para pagar pelos erros dele; Ele subiu e morreu ali para pagar os seus pecados.

Temos que olhar para o que ele fez por nós, ao morrer para nos perdoar de tantos pecados. E assim como Ele fez, assim como Ele nos perdoou, nós também devemos e podemos perdoar.

Não permita que uma raiz de amargura cresça e perturbe, machuque, trave e roube sua alegria de viver e sua benção, trazendo ressentimentos sem fim. Não permita isso. Não faça isso com você mesmo.

Pergunta final: qual é o princípio mais importante que você aprendeu neste estudo? Como você irá aplica-lo? (para todos responderem)

Conclusão

Se você tem uma amargura em seu coração, entenda como isso é perigoso e prejudicial; não permita que este sentimento domine o seu coração nem mais um minuto.

A grande dificuldade é que só consegue perdoar quem já foi perdoado. Daí a importância da conversão genuína: só um coração novo, só uma pessoa que nasceu de novo consegue perdoar, porque pode entender quão grande e impagável era a sua dívida para com Deus, mas que mesmo assim o perdoou.

Perdão é algo que recebemos, mas tem que ser algo que também passamos para aqueles que nos ofenderam. Quem não perdoa torna-se prisioneiro da ofensa, das lembranças e de cadeias de amargura e ressentimento.

Oração: orem juntos agora mesmo, cada um confessando diante de Deus se há alguma raiz de amargura perturbando a sua vida. Peça perdão a Deus por guardar ressentimentos e peça que ele o encha com seu amor e compaixão por todas as pessoas. Diga para Deus que por ter sido tão grandemente perdoado por Ele, você decide perdoar e deixar livre todos os que o tem ofendido.

 

Assista a mensagem que inspirou essa lição: