Combustível para uma vida extraordinária • 29 de março a 03 de abril
INTRODUÇÃO
Esta é a última lição da série Extraordinário. Foram seis pregações e três lições célula. Além disso, tivemos 21 Dias de Jejum e Oração, que foram finalizados na Pré-conferência de Avivamento do último final de semana. Fora, ainda, a temporada de Efésios no culto Mais de Deus, às quintas-feiras. Oportunidades preciosas! Inspirados por isso, vamos fechar a atual série tratando sobre o combustível de uma vida extraordinária. Você sabe do que se trata, né? Trata-se do Espírito Santo!
QUEBRA-GELO
Peça aos presentes para compartilharem testemunhos sobre a série Extraordinário, os 21 Dias de Jejum e Oração, a Pré-conferência do último final de semana e a temporada de Efésios. Conduza esse compartilhar de modo que haja pelo menos um testemunho de cada um desses eventos. Ao final, conclua enfatizando a importância de aproveitarmos bem as oportunidades que nos são oferecidas por Deus e pela igreja para crescermos espiritualmente e sermos cheios do Espírito Santo.
DESENVOLVIMENTO
Para termos, de fato, uma vida extraordinária, precisamos de combustível. De que vale um carro extraordinário sem combustível? Serve apenas para ser admirado, mas não aproveitado. Jesus não quer que apenas sonhemos com uma vida extraordinária. Ele quer que desfrutemos disso. E, para isso, precisamos encher, constantemente, o nosso tanque de combustível. Que combustível é esse? O Espírito Santo. Como nos manter cheios dele? É o que veremos na lição de hoje.
Texto-base: Efésios 5.18-21 (Almeida Revista e Atualizada)
E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.
Para explicar o que é e como ser cheio do Espírito, Paulo contrapõe isso ao ato de se embriagar. Em outras palavras, ele diz assim: “Ao invés de vocês se embriagarem com vinho, encham-se do Espírito”.
Perguntas: Você já passou pela experiência de ficar embriagado? Como uma pessoa chega à embriaguez e qual é o seu estado nessa situação?
A embriaguez vem quando alguém se enche, por exemplo, de vinho, até o ponto de perder o controle próprio, devido à ação do álcool no organismo. O embriagado não tem domínio do seu corpo e fica com as emoções desvirtuadas. O resultado disso, na maioria esmagadora das vezes, é trágico. Paulo afirma que no vinho há dissolução, ou seja, a bebida alcoólica leva o ser humano a atitudes descontroladas e desenfreadas, com consequências desastrosas.
Tendo isso em vista, o apóstolo, então, ordena que, em vez de nos dedicarmos ao álcool, nos dediquemos do Espírito, nos enchendo dele, bebendo dele, até perdermos para ele o controle de nossas vidas. O resultado disso, obviamente, é maravilhoso! É a manifestação do caráter, das ações e das vontades do Espírito em nossas vidas.
Como alcançar isso? Como beber abundantemente do Espírito? Paulo apresenta quatro atitudes para isso:
- Falando entre vós com salmos
A primeira atitude refere-se ao nosso falar. Para sermos cheios do Espírito devemos falar palavras que edifiquem as pessoas e, assim, glorifiquem a Deus. Para isso, é necessário que efetuemos mudanças no nosso vocabulário, de modo a adequá-lo a esse padrão. Paulo confirma essa idéia na mesma carta aos Efésios, quando diz: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Ef 4.29). Uma fala pura, agradável, que acrescente à vida do outro e glorifique a Deus alegrará o Espírito Santo e o atrairá para nós.
Pergunta: Como tem sido o seu falar? Ele tem edificado às pessoas e glorificado a Deus?
- Entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais
A segunda atitude refere-se à nossa adoração a Deus. “Entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais” fala de adorarmos a Deus através de músicas de louvor, sejam elas compostas e ensaiadas, espontâneas, em línguas estranhas, etc. Quando agimos assim, atraimos o Espírito Santo e nos enchemos dele. Pense, então, no valor que momentos de louvor em cultos, células e devocionais pessoais tem. Quando aproveitamos intensamente esses momentos, adorando em espírito e em verdade, ativamos as fontes de águas vivas que estão dentro de nós e somos cheios do Espírito.
Pergunta: Você tem adorado a Deus de coração nas oportunidades que tem tido para isso?
- Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo
A terceira atitude fala de uma gratidão constante a Deus. Dar graças sempre e por tudo atrairá o Espírito Santo para nós. O contrário disso é murmuração e insatisfação. O grande exemplo bíblico de murmuração e insatisfação, e de como isso desagrada ao Senhor, é o povo de Israel em sua caminhada no deserto rumo à terra prometida (Êx 15.22-26; 16.1-12; 17.1-7).
Toda murmuração é contra Deus. Sendo Deus o nosso Pai, ou seja, aquele que cuida de nós, quando reclamamos de qualquer relacionada à nossas vidas estamos nos dirigindo contra Ele. Isso, com certeza, afasta o Espírito Santo de nós.
Gratidão é algo tão importante para Deus que Jesus, ao curar dez leprosos e ver apenas um voltando para agradecer, pergunta admirado: “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?” (Lc 17.17,18).
Pergunta: Você tem tido uma constante atitude de gratidão a Deus?
- Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo
A quarta e última atitude refere-se a nos submetermos aos outros, o que tem como pré-requisito o temor a Cristo. Aquele que teme a Cristo e lhe é submisso se sujeita aos outros. Isso se aplica a muitos contextos, conforme a continuação do texto de Efésios 5. As mulheres devem ser submissas aos seus maridos e os maridos devem amar suas mulheres (Ef 5.22-33). Os filhos devem obedecer a seus pais e os pais não devem provocar seus filhos (cf. Ef 6.1-4). Os patrões e os empregados devem trabalhar bem uns com os outros (Ef 6.5-9).
Sendo assim, a maneira como nos relacionamos com as pessoas, tendo em vista a autoridade que elas tem sobre nós e a autoridade que nós temos sobre elas, afastará ou aproximará o Espírito Santo de nós. No final das contas, o que o Espírito requer de nós para nos encher é humildade nos nossos relacionamentos. Em Filipenses 2.3, Paulo nos orienta a sermos humildes e considerarmos os outros superiores a nós mesmos.
Pergunta: Como tem sido o seu relacionamento com as pessoas quanto à submissão e à humildade?
CONCLUSÃO
Das quatro atitudes para sermos cheios do Espírito, três referem-se ao uso que podemos fazer da nossa língua (falar, entoar e louvar, e dar graças) e duas dizem respeito aos nossos relacionamentos (falar e sujeitar-se). Se bebemos pela boca, também nos enchemos do Espírito pela boca. O modo como usamos nossas línguas e a maneira como conduzimos nossos relacionamentos determinarão se seremos ou não cheios do Espírito.
Contudo, o contrário também é verdadeiro. Se somos cheios do Espírito falando, entoando, louvando, dando graças e nos sujeitando uns aos outros, também falamos, entoamos, louvamos, damos graças e nos sujeitamos uns aos outros quando somos cheios do Espírito. Essas atitudes, além de causas, também podem ser consequências. Estamos diante, então, de um ciclo virtuoso (o contrário de círculo vicioso): na medida em que agimos conforme fomos ensinados somos cheios do Espírito e na medida em que somos cheios do Espírito agimos conforme fomos ensinados e alcançamos uma vida extraordinária. Que tal mantermos esse ciclo virtuoso ativo nossas vidas?
Para você se encher do combustível de uma vida extraordinária e ter uma vida extraordinária:
- Fale palavras que edifiquem os outros;
- Adore ao Senhor de coração nas oportunidades que tiver para isso;
- Agradeça constantemente ao Senhor por sua vida, exercitando a gratidão;
- Submeta-se humildemente ao seu próximo.